terça-feira, 24 de junho de 2008

Após conflitos em Roraima, Lula aumenta número de militares na fronteira da Amazônia

07/05/2008 - 18h31

Depois do acirramento dos conflitos na reserva Raposa/Serra do Sol (RR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nesta quarta-feira que o governo federal vai aumentar o número de postos militares nas áreas fronteiriças da Amazônia. A orientação de Lula foi transmitida hoje aos ministros Tarso Genro (Justiça) e Nelson Jobim (Defesa) para que ambos definam os números e os detalhes do texto do decreto a ser editado.

Tarso disse que os detalhes do decreto ainda não foram definidos, mas que nos próximos dias ele e Jobim fecharão os números. O ministro negou que a decisão tenha sido provocada pela pressão das Forças Armadas, especialmente do Exército --após as críticas do comandante militar na Amazônia, general Augusto Heleno, que condenou a política indigenista do governo federal.

"Eu e o ministro Jobim vamos trabalhar para apresentar ao presidente Lula um decreto para a instalação de mais postos militares na Amazônia. Vamos constituir um programa de aumento desses postos", afirmou Tarso, depois de se reunir com Lula, Jobim e o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Meira, no Palácio do Planalto.

Após a decisão dos índios de deixar a fazenda Depósito, na reserva Raposa/Serra do Sol, na tarde de hoje --onde estava desde segunda-feira--, Tarso optou por negar que tenha ocorrido nos últimos dias um agravamento dos conflitos na região. Segundo ele, a tendência é de "distensão".

Tarso afirmou também que os homens da PF (Polícia Federal) e da FNS (Força Nacional de Segurança) estão orientados a executar a operação de desarmamento na reserva. De acordo com o ministro, aquele que for flagrado com arma, sem ter o porte legal, será preso.

Otimista, o ministro disse que está convencido que após o julgamento das ações envolvendo Raposa/Serra do Sol (RR), será possível encerra o impasse na região. "Estou convencido de que vai ser cumprido. Todos nós vamos seguir a orientação do Supremo Tribunal Federal. Esta é uma posição de Estado", disse ele.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u399595.shtml

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