terça-feira, 17 de junho de 2008

Mozarildo lamenta "ocupação tranqüila" da Amazônia por estrangeiros

02/06/2008 - 17h48

Em pronunciamento nesta segunda-feira (2), o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) lamentou que a Amazônia venha sendo ocupada de forma "muito tranqüila" por estrangeiros, que contariam com a "leniência, conivência ou, no mínimo, pouco caso do governo federal". A declaração foi feita pelo senador ao comentar reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (1º), que mostrou a compra de terrenos na região por cidadãos de outros países.


Mozarildo observou que a Amazônia ocupa 61% do território nacional e que o governo precisa fiscalizar as organizações que atuam na região, "começando pela Fundação Nacional do Índio (Funai), pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi)". O senador lembrou que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Não-Governamentais (ONGs), que funcionou entre 2002 e 2003 e foi presidida por ele, apontou irregularidades em dez entidades que agiam na região.

- São gigolôs de índios, usam ONGs para roubar o povo brasileiro. Já andei em inúmeras comunidades indígenas e não vejo dinheiro aplicado por essas instituições - comentou.

O senador por Roraima também considerou que a concessão de florestas para exploração pela iniciativa privada precisa ser analisada pelo Senado. A concessão, estabelecida pela Lei nº 11.284/06, pode ser feita por até 40 anos, renovável por igual período.

- Como se vai alugar um pedaço de terra sem que a Casa da Federação examine? Nós examinamos concessões de rádio comunitária, televisão, nomes de diretores de agências reguladoras, Banco Central, e não analisamos a questão da concessão ou aluguel de nossas florestas? - indagou.

Em aparte, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) disse que o Brasil não tem um projeto para a Amazônia e classificou a política da Funai de "picaretagem".

http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=75452&codAplicativo=2

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