Esta talvez seja uma história desconhecida pela maioria de nós, porém nos diz respeito por tratar-se de nossos ascendentes e de nossa própria história, em setembro do ano nove da era comum, na floresta de Teutoburg (Teutoburger Wald, em alemão) que é uma área de montanhas cobertas de floresta, que fica nos estados alemães da Baixa Saxônia e da Renânia do Norte-Vestfália, hove uma batalha entre as tribos Germânicas (Cherusci, Marsi, Chatti, Bructeri)comandadas por Hermann, contra três legiões do Império Romano comandadas pelo general Publius Quinctilius Varus, esta batalha livrou a Germânia Libera da opressão romana, que retrocedeu até o Rio Reno.
Quem Foi Hermann?
"Armin" foi o nome, que o chefe guerreiro dos Cherusci, Segimer (em latim: Segimero) deu ao seu filho no ano 16 antes da era comum (também conhecido pelo nome latino Arminius, pelo original alemão Irmin (era um deus da guerra dos saxões, Irmin era identificado con Wotan, o Irminsul é a arvore de Irmin) e pela forma alemã tardia Hermann) (16 E.C.- 21 E.C.). Eram tempos difíceis: alguns anos depois do nascimento de "Armin", o líder militar romano Tiberius conquistou, na sua campanha germânica, também o território dos Cherusci. Tiberius, que mais tarde se tornou Imperador, quis convencer Segimer para entrar em aliança com Roma. Por isso, ofereceu uma educação militar e uma carreira no Império Romano ao seu filho, fortificando assim a ligação. "Armin" foi então enviado para Roma em 8 a.C., onde recebeu a prometida educação militar e avançou até ao grau de um "Tribun". Os Romanos trataram-no por "Arminius". Na sua função de "Tribun" acompanhou o exército de Tibérius nas suas várias operações em território germânico. Deixou uma optima impressão aos militares romanos e recebeu os direitos de um cidadão romano.
O regresso à terra natal e a revolta contra os romanos
Por volta do ano 7 d.C., Armínio voltou para a sua terra natal. Como comandante de unidades germânicas auxiliares servia sob o comando do Governador das Províncias e Comandante das Legiões da zona do Rio Rêno, Publius Quinctilius Varus. Varus tinha recebido ordens para tornar a parte ocupada da Germânia definitivamente uma província romana. Por isso, começou a cobrar impostos e tratava os Germanos arrogantemente como súditos do Império Romano. Nessa altura, Armínio começou a virar as costas aos Romanos. Sob o seu comando, várias tribos dos Germanos fizeram uma grande revolta no ano 9 d.C. Esta revolta foi possível graças à habilidade diplomática de Armínio, conseguindo unir as várias tribos.
A Batalha de Teutoburger
Era outono, e era suposto as tropas romanas mudarem para os campos de Inverno. Homens que conheciam bem o terreno foram contratados para guiar as tropas a partir do rio Weser até Aliso, que fica na margem do rio Lippe. Foi o próprio Hermann, quem escolheu esses homens. Durante o percurso foi relatado a existência de uma rebelião local, Varus decidiu acabar com aquilo imediatamente. A fileira das tropas (formada pelas legiões XVII, XVIII, XIX com aproximadamente 24.000 homens), que tinha uma extensão de vários quilómetros, atravessou uma zona florestal de difícil acesso, perdendo sua estrutura, foram acometidos por uma grande tempestade, e eram um alvo fácil para os guerreiros germânicos, que estavam habituados a esse terreno e caíram sobre eles como pumas durante 2 ou 3 dias. Além disso, muitos deles foram treinados pelos próprios militares romanos e tinham bastante experiência em batalhas. Assim conseguiram aniquilar por completo 3 Legiões romanas. Hermann obteve uma vítoria devastadora.
Pereceram aproximadamente 20.000 a 23.000 romanos, Varus tirou a prórpia vida com sua espada, ao saber da derrota o imperador Augustus golpeava a cabeça contra a parede e gritava: "Quintili Vare, legiones redde!" ('Quintilius Varus, devolva minhas legiões!')
O fim do herói Armínio
O domínio dos Romanos sobre a Germânia para lá do rio Rêno já se encontrava então em plena fase de declínio. Os Germanos não tentaram libertar os territórios germânicos para cá do Rêno (Províncias romanas Germânia Inferior e Germânia Superior) pelo simples facto de as tribos se encontrarem em brigas constantes umas com as outras. Existe a lenda que Armínio, apaixonado pela filha do chefe tribal dos Marcomanos Segestes, raptou essa para se casar com ela. Segestes, Aliado dos Romanos, pediu-lhes ajuda em 15 d.C. Nessa altura, o líder militar romano de nome Germanicus já tinha penetrado muito o interior da Germânia, vingando assim a derrota do Varus. Várias vezes conseguiu vencer forças inimigas. Apesar disso, os Germanos continuavam a atacar onde puderam. Os Romanos não conseguiram controlar o território para lá do Rêno. Por fim, em 16 d.C., o Imperador Tiberius desistiu da ideia de incorporar a Germânia no Império Romano. Os Romanos foram-se embora. Mas mesmo assim, não houve paz na Germânia. Duas alianças, uma liderada por Armínio, a outra pelo Rei dos Marcomanos Marbod, entraram em Guerra. Mais uma vez, Armínio obteve uma vitória. Mas em 21 d.C. foi assassinado, provavelmente pelo próprio sogro, Segestes. Cerca de 100 anos depois da sua morte, o historiador romano Tacitus designou Armínio como "Libertador da Germânia".
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