14/5/2008
Há uma semana, o Mix publicou a história do grupo ativista GenderDoc-M, da República da Moldávia, que há 7 anos tentava realizar a Parada do Orgulho GLBT em seu país. Ocupando parte dos territórios da Ucrânia e da Romênia, a população GLBT da Moldávia, na ocasião, estava autorizada pela prefeitura da capital, Chisinau, a celebrar, no domingo seguinte, dia 11, a sua primeira Parada do Orgulho Gay.
Pelas novas leis da administração do país, a prefeitura não tem poderes para cancelar eventos que não tragam danos à ordem pública, a não ser que haja outros eventos mais importantes a serem celebrados no mesmo dia. Não era o caso. Entretanto, em 9 de maio, dois dias antes da celebração, o prefeito de Chisinau, Dorin Chirtoaca, decidiu vetar a realização do evento afirmando que teria recebido da polícia da cidade informações de que grupos e forças anti-gays planejavam ataques contra os participantes.
Estava, assim, travado o impasse entre a prefeitura de Chisinau e a organização GenderDoc-M. Ativistas afirmavam que celebrariam, a qualquer custo, sua marcha pelos direitos gays. A prefeitura, por outro lado, afirmava que a organização não estava autorizada a prosseguir com a celebração. No dia 11 de maio, data da celebração, um ônibus cheio de participantes que seguia para o local da manifestação foi cercado por protestantes que impediam o grupo de chegar ao seu destino. Grandes, bem coordenadas e extremamente agressivas, as forças anti-gays bloquearam a passagem do ônibus, forçando a sua parada. Segundo organizadores, a polícia assistia passivamente do outro lado da rua enquanto manifestantes homofóbicos tentavam invadir o ônibus e agredir os participantes.
Por todo o dia, manifestações anti-gays puderam ser vistas pelo centro de Chisinau. Até o escritório da organização GenderDoc-M sofreu saques por parte das forças anti-gays. Pelo centro da capital, centenas de pessoas de todas as idades, homens e mulheres, podiam ser vistas na praça da Assembléia Nacional erguendo faixas e cartazes reafirmando que o conceito de família é a "união entre um homem e uma mulher", que a "homossexualidade é um pecado" e que a "imoralidade arruina a sociedade".
A falta de atitude da polícia da Moldávia em proteger os participantes da Parada Gay, que não aconteceu, foi duramente condenada pela ILGA - Europe (International Lesbian and Gay Association). Segundo o porta-voz da ILGA, Juris Lavriskovs, a decisão do prefeito de Chisinau em proibir a manifestação pacífica da população GLBT é ilegal e contradiz a decisão da Suprema Corte da República da Moldávia e da Corte Européia pelos Direitos Humanos.
http://mixbrasil.uol.com.br/mp/upload/noticia/6_77_66795.shtml
Comentário: Parabéns as forças anti-gays da Moldávia ao conseguir impedir que essa aberração chamada passeata gay ocorresse.
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