30/06/2008
TEERÃ - Um tribunal revolucionário do Irã condenou à morte, nesta segunda-feira, um cidadão iraniano acusado de espionagem para Israel, país que não é reconhecido pelo governo islâmico iraniano. Ali Ashtari, de 45 anos, foi acusado de ter sido "recrutado pelo serviço secreto israelense Mosad para se infiltrar nos serviços de inteligência iranianos". De acordo com o governo, ele teria confessado que mantinha relações com o Mosad.
A sentença contra Ashtari poderá aumentar a tensão entre Irã e Israel. O Estado judeu, que considera o programa nuclear iraniano uma ameaça à sua segurança, nunca descartou um ataque ao país vizinho e foi acusado na semana passada de ensaiar uma ofensiva. Autoridades do Irã reagiram afirmando que responderiam de "forma dolorosa" qualquer ação de Israel ou de seus aliados, como os Estados Unidos.
Nascido em Teerã, o iranianofoi detido há um ano e meio. Ele foi considerado um "muhareb" (aquele que combate Deus ou seu profeta), um delito para o qual o Isã prevê a pena de morte. Ashtari, entretanto, ainda poderá apelar contra a sentença.
- O tribunal comprovou que o acusado é um 'muhareb' por espionar para a entidade sionista, e por isso condenou-o a morte - disse o diretor do Departamento de Luta contra a Espionagem, que não quis se identificar.
Ashtari compareceu ao tribunal pela primeira vez no último sábado. Ele trabalhava com comércio de equipamentos eletrônicos e foi acusado de ter contatos com o exterior.
O iraniano teria comprado equipamentos para uso militar do Exército do Irã.O governo iraniano afirmou que já acompanhava sua atividade e passava a ele informações falsas.
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/06/30/iraniano_condenado_morte_por_espionagem_para_israel-547026373.asp
Comentário: O Irã poderia oferecer o perdão a ele se ele der o nome de outros espiões infiltrados lá.
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