quarta-feira, 2 de julho de 2008

Projeto de cartografia corrigirá falha: dos 5,2 milhões de Km2 da região, 1,8 milhão de Km2 não possuem dados de cartografia terrestre.

quarta, 02 de julho de 2008


PORTO VELHO, RO – Ficará pronto dentro de cinco anos o projeto de cartografia da Amazônia, informou o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). Anteriormente, o prazo previsto era 2014. Ao custo de R$ 350 milhões, o projeto recebeu mais R$ 70 milhões, graças à decisão sobre o aumento de 40% nos repasses anuais, foi anunciada terça-feira pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general-de-Exército Jorge Armando Félix, durante a 3ª Reunião da Comissão de Implantação do Projeto de Cartografia da Amazônia, na sede do Censipam, em Brasília.


Com parcerias do Exército, Marinha, Aeronáutica e Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o projeto deverá cobrir os “vazios cartográficos” da região amazônica, que possui área de 5,2 milhões de quilômetros quadrados. Deste total, 1,8 milhão de Km2 não possuem dados de cartografia terrestre. O trabalho vai ajudar também na atualização da cartografia náutica e no aprofundamento dos conhecimentos sobre os recursos minerais.



Auxílio estratégico

Há três subprojetos: Cartografia Terrestre, Cartografia Geológica e Cartografia Náutica que incluem cartas topográficas nas escalas de 1:100.000 e 1:50.000; cartas geológicas nas escalas de 1:100.000 e 1:250.000; levantamentos aerogeofísicos e cartas náuticas na escala de 1:100.000. Tudo isso irá auxiliar o planejamento e a execução de projetos de infra-estrutura – rodovias, ferrovias, gasodutos e hidrelétricas, demarcação de áreas para assentamentos, áreas de mineração, agronegócio, elaboração de zoneamento ecológico, econômico e ordenamento territorial, segurança territorial, escoamento de produção e desenvolvimento regional.

Segundo o Censipam, os recursos aplicados deverão garantir a modernização dos sistemas de aquisição e processamento de dados das aeronaves R99-B, especializadas em sensoriamento remoto. Da mesma forma, a adequação da infraestrutura de software e hardware para o tratamento e o processamento de imagens; a capacitação de recursos humanos e, principalmente, a absorção de tecnologias de ponta. Os benefícios são para todo o território brasileiro. Outra ação será a construção de navios hidrográficos para o atendimento às ações do subprojeto de cartografia náutica.

Gestores municipais

Funcionários das prefeituras de Ouro Preto do Oeste (RO), Chapada dos Guimarães (MT), técnicos da Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, Agência Estadual de Vigilância Sanitária, Batalhão de Policiamento Ambiental, e alunos da Universidade Federal de Rondônia participam em Porto Velho do curso "Uso de Geotecnologias para Gestão Municipal”.



A capacitação faz parte do programa SipamCidade, que atende a profissionais de diversos órgãos públicos. O curso 'Uso de Geotecnologias para Gestão Municipal' tem carga horária de quarenta horas e será finalizado na próxima sexta-feira.

O Sipam pretende, em todos os municípios da região amazônica, fornecer informações sobre seus territórios e facilitar a utilização dos dados no planejamento de suas ações.Segundo o gerente do Centro de Operações, José Neumar Silveira, a unidade do Sipam em Porto Velho foi a pioneira no funcionamento do SipamCidade. A iniciativa obteve êxito e passou a ser adotada pelas outras unidades, em Belém e Manaus.



(*) Com informações da Assessoria de Comunicação do Sipam.

http://www.agenciaamazonia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2594&Itemid=259

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